"Para quê alcançar os astros?!
Para quê?!
Para os desfolhar, por exemplo, como grandes flores de luz!
Vê-los, vê-os toda a gente.
... Eu não peço à Vida nada que ela me não tivesse prometido,
e detesto-a e desdenho-a porque não soube cumprir
nenhuma das suas promessas em que,
ingenuamente, acreditei,
porque me mentiu, porque me traiu sempre...
...gosto das belas coisas claras e simples,
das grandes ternuras perfeitas,
das doces compreensões silenciosas, gosto de tudo, enfim,
onde encontro um pouco de Beleza e de Verdade,
de tudo menos do bípede humano, em geral, é claro,
porque há ainda no mundo, graças a Deus,
almas-astros onde eu gosto de me refletir,
almas de sinceridade e de pureza
sobre as quais adoro debruçar a minha."
(Florbela Espanca, in "Correspondência", 1930)
Para quê?!
Para os desfolhar, por exemplo, como grandes flores de luz!
Vê-los, vê-os toda a gente.
... Eu não peço à Vida nada que ela me não tivesse prometido,
e detesto-a e desdenho-a porque não soube cumprir
nenhuma das suas promessas em que,
ingenuamente, acreditei,
porque me mentiu, porque me traiu sempre...
...gosto das belas coisas claras e simples,
das grandes ternuras perfeitas,
das doces compreensões silenciosas, gosto de tudo, enfim,
onde encontro um pouco de Beleza e de Verdade,
de tudo menos do bípede humano, em geral, é claro,
porque há ainda no mundo, graças a Deus,
almas-astros onde eu gosto de me refletir,
almas de sinceridade e de pureza
sobre as quais adoro debruçar a minha."
(Florbela Espanca, in "Correspondência", 1930)
Nenhum comentário:
Postar um comentário